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Angola

Sumário da Situação de Insegurança Alimentar Aguda IPC 2019/20 [PT]

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A seca foi o choque que causou a actual situação de insegurança alimentar aguda. A zona sul de Angola onde se situam as três provincias visitadas (Cuando Cubango, Cunene e Huila) ao longo do inquérito foi severamente afectada pela seca. Como resultado, nota-se a fraca produção agrícola, perda de animais, escassez de água para o consumo humano e abeberramento do gado, perda de bens, deslocamentos de pessoas e animais, tendo afectado os modos de vida.

No período actual (Julho a Setembro de 2019), cerca de 421.174 estão a enfrentar dificuldades no acesso a alimentos ou são capazes de satisfazer apenas as necessidades alimentares mínimas por meio de estratégias de crise e emergência.

No período projectado (Outubro de 2019 a Fevereiro de 2020), estima-se que cerca de 561.840 mil pessoas enfrentarão dificuldades no acesso a alimentos ou serão capazes de satisfazer apenas as necessidades alimentares mínimas por meio de estratégias de crise e emergência.
No periodo de projecção estima-se que mais da metade da população (561.840) estará em crise alimentar a partir de Outubro 2019. Estas pessoas necessitarão de uma combinação de intervenções urgentes tais como assistência alimentar, distribuição de insumos agrícolas e abertura de furos de água multi-uso. Estas devem ser ligadas a intervenções de médio e longo prazos que visam diminiur a alta vulnerabilidade crónica evidenciada em Angola.

Prevé-se que a situação de Crise Alimentar se extenda até finais de Fevereiro de 2020, com aumento de cerca de 68 mil pessoas na Fase de Crise, assim como mais 140 mil em Fase de Emergência durante o período de projeção - caso não haja intervenção atempada.

Acredita-se que a assistência humanitária que tem sido realizada (embora em pequenas proporções) nas áreas mais afetadas preveniu uma deterioração mais severa.